segunda-feira, 27 de agosto de 2018





FALSA INTERVENÇÃO MILITAR NO RIO DE JANEIRO







O governo Federal em declínio político e perdendo a governabilidade do país, criou a ilusória intervenção militar. Há mais de 40 anos as comunidades pobres carioca amargam a ausência de governos e prefeitos que já sentaram na cadeira administrativa; seja estadual ou municipal. O crime que se limitava apenas dentro das comunidades, ao longo das décadas passadas, desceu das comunidades espalhando terror e mortes aos que nada tiveram com a inércia governamental.
Para camuflar a crise institucional e poder editar decretos, o governo Temer, vendo a falência da segurança no Rio, perceber que poderia respirar politicamente. Mas, engano-se, a situação já teria saído do controle total.
Bandidos começaram recrutar policiais e ex-policiais para a logística do crime, ou seja, treiná-los em aulas de tiros e manuseios de rádios transmissores. Com isso, se preparam para a batalha com as operações com a força de segurança do Rio.
Foi no governo de Sérgio Cabral, que o crime mais se organizou, havia convênios entre o governo e o crime. Para tal, o ex-secretário de Cabral, Beltrame, fez acordos, agora descobertos pela Polícia Federal, com as lideranças do crime. O governo sucessor de Cabral, Pezão, outro nefasto bandido, aceitou mascarar seu governo corrupto e protetor dos bandidos.
General Sérgio Etchegoyen, Raul Jungmam e General Braga Neto
Com o agravamento da crise na segurança, é criado um gabinete de crise para acompanhar a intervenção. Escolhido para o cargo de Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, general da reserva Sérgio Etchegoyenfala e nada resolve. Com as três baixas de militares do exército nos morros do Rio, os chefes do gabinete de crise batem cabeça sem respostas concretas para a população e a imprensa.

Após as três baixas, o gabinete de intervenção federal informou que a ocupação nos Complexos do Alemão, Penha e Maré, todos situados na zona norte da cidade, continuará por tempo indeterminado. Pelo menos oito pessoas morreram, incluindo os três militares, e 70 foram presas. Segundo o Comando Militar do Leste, foram apreendidas 14 armas, entre elas cinco fuzis, além de 1.045 munições, sete carregadores, 554 quilos de maconha e uma moto. Os três complexos de favelas reúnem no total 25 comunidades, com cerca de 550 mil.
Fonte portuguese.xinhuanet.com

Não adianta aparato policial descendo e subindo morros, trocando tiros com traficantes se as vítimas são membros das forças armadas, policiais e moradores que em muitos casos nada têm haver. Ademais, os líderes do tráfico como sempre, conseguem escapar ilesos ficando presos apenas os “soldadinhos e flanelinhas” dos traficantes.
A banda podre da segurança do Rio não quer permitir paz nos morros, os montantes que circulam são altíssimos, os lucros não podem ter baixa. A chegada do exército dentro dos morros impede a ostentação dos barões do tráfico.



 A Intervenção Federal é uma competência da União, entre aquelas elencadas no art. 21 da Constituição Federal. A instituição que aprova essa medida, assim como o estado de defesa, o estado de sítio, ou a suspensão de qualquer dessas medidas é o Congresso Nacional. O histórico de intervenções federais sobre estados no Brasil, desde a República de 1891, sempre teve o caráter geral e atuação sobre toda a administração estadual. Na Nova República, pós-regime militar de 1964-1984, não tínhamos nenhum caso de intervenção federal sobre um estado. A de 2018 tampouco é completa, pois se restringe à pasta da Segurança Pública. 

Parte do artigo de Luiz Ramiro - Cientista político, professor no curso de Tecnólogo em Segurança Pública e Social da UFF/CEDERJ. Editor no blog Proveitos Desonestos

05 de agosto de 2018. https://www.revistaamalgama.com.br/08/2018/intervencao-federal-rio-de-janeiro-receita-para-um-legado/

Jornalista e escritor Elias Barboza