sábado, 16 de novembro de 2019



UM BREVE RESUMO DO LIVRO - PODER PELA BALA 


            Livro Poder Pela Bala, apresenta crimes políticos que aconteceu em Alagoas nos anos de 1956, 1957 e 1998. A saber, apenas o crime da deputada Ceci Cunha fora elucidado e todos os réus foram condenados. Uma história triste, mas como final feliz; a condenação dos réus. 





              

Deputado Marques da Silva, 7 de fevereiro de 1957.



         
            
                                      Deputado Humberto Mendes, 13 de setembro de 1957




Deputada Federal Ceci Cunha -, 16 de dezembro de 1998.


          Ademais, o livro conta o primeiro caso de impeachment, registrado no Brasil, do então governador de Alagoas, Muniz Falção. Na primeira votação do impeachment, foi assassinado dentro do plenário da Assembleia, o líder e  sogro do governador; deputado Humberto Mendes.
         No ano de 1998, foi executada a deputada federal, Ceci Cunha, uma médica que fez história no agreste de Alagoas, pela capacidade de aglutinar, respeito pelo próximo e ética. Pelo que representou, para a população, e não faz parte da politica nefasta mergulhada em corrupção, foi executada pelo crime organizado da política, bastante forte em diversas cidades de Alagoas.











Jornalista e escritor Elias Barboza
Vendas pelo fone 82 98120-4473




PODER PELA BALA

3 º livro do escritor, jornalista e 1º sargento da PM de Alagoas, Elias Barboza 









ESTA É UMA obra tão oportuna quanto verdadeira que, ao se aprofundar no lado negro do panorama político de Alagoas, desnuda o real sentido da palavra medo. Num conturbado momento da nossa história mais recente, estivemos deambulando entre o medo e o horror, porque testemunhas involuntárias do arbítrio da morte como regra imposta por muitos dos que se julgavam poderosos. Esses, se infundem tão “poderosos” a ponto de se acharem donos da vida alheia e dela poderem dispor a qualquer tempo, a qualquer hora.
              ALAGOAS, terra de gente trabalhadora e ordeira; entretanto, celeiro de homens destemidos, verdadeiros heróis, não fugiu à regra do poder de mando do “coronelismo” que sempre imperou no Nordeste. Bem lembra o escritor e jornalista Elias Barboza, nas letras frias, isentas e desapaixonadas que se enfileiram nesta sua obra: “(...) quantos passados sombrios nos antecederam, e quantas promessas mentirosas fizeram gerações de pessoas executadas carregarem ainda seus caixões?” Elias não exageram. Ele apenas pretende ser tão real quanto são as histórias que aqui conta.
OS CRIMES narrados neste livro de Elias Barboza - que me honra com a primazia de prefaciá-lo -, dado o caráter aterrador de alguns dos fatos aqui expostos, pode ser alinhado entre aqueles considerados monstruosos. Seus praticantes foram e alguns ainda o são, porque ainda vivos - indivíduos cuja sanidade ultrapassa os limites da loucura. E o nosso autor aqui nos franqueia com o mais eloquente e revoltante exemplo disso nesta obra, citando a chamada “Chacina da Gruta”. 
               NUMA PACATA residência da Gruta de Lourdes, bairro situado na parte alta de Maceió, foram executados a deputada federal Ceci Cunha, seu marido e familiares. Ceci, uma mulher corajosa, médica, cujas missões paralelas àquelas de salvar vidas, eram a de no parlamento e na vida comum, a de ajudar famílias necessitadas de amor e carinho.
               MAS, esta obra não trata apenas do Caso Ceci Cunha. Seu autor, Elias Barboza, se aprofundou nos assassinatos do vereador Benício Alves, ocorrido no ano de 1956 e do deputado Marques da Silva, no ano de 1957, ambos, assassinados na cidade de Arapiraca. A esses episódios constituem a sua Primeira Parte.
     PODER DA BALA incorpora descrições e traços históricos da cidade de Arapiraca, cenário dos crimes narrados e distanciados pelo lapso de tempo de 60 anos, entre o primeiro e o último. Mas, parecem tão recentes “como se estivéssemos diante de uma série de TV”, compara o autor.
             DESDE OS TEMPOS primitivos de Manuel André Corrêa, fundador de Arapiraca, não se contou nada parecido com os fatos aqui despertados, eis que ocorridos dentro da área de 614 km2 que constitui a cidade encravada no Agreste alagoano.
       TODO ASSASSINATO é brutal. Não há nem mais e nem menos brutal. Defina-se, entretanto, o que martiriza e o que resulta dele: a dor, o sofrimento e a revolta, que pode ser maior ou menor. Nos casos aqui descritos por Elias Barboza, que se utiliza do tom jornalístico para ser mais objetivo, há que prevalecer o rigor da regra legalmente punitiva, porque praticados por pessoas – mandantes e executantes – desapiedadas, inconscientes, psicopatas, verdadeiros predadores sociais.


Aílton Villanova
Prefácio do jornalista e escritor