Crimes Anunciados,
A farda manchada de sangue nas UPPs cariocas
O Estado do Rio de Janeiro ao longo
dos anos fingiu e ignorou o poder paralelo que comanda e mantém as comunidades
das favelas sobre o domínio do crime organizado. Criando nos anos 80, o poder
bandido criou leis, distribuiu segurança, saúde, transporte e muitas festas
regadas a drogas e prostituição. Na gestão do governo Cabral foi intensificada
medidas tentando coibir o crime organizado: não eram apenas os traficantes nas
favelas, mas se juntaram os milicianos. Cabral juntamente com a cúpula da
segurança do Rio de Janeiro buscou romper as barreiras de separação que existem
entre o Estado de direito e o Estado paralelo: traficantes e milicianos.
Tentado assim, intimidar bandidos e criar nova republica do Rio.
A primeira UPP – Unidade de
Policia Pacificadora foi implantada em 28 de novembro de 2008, na favela Santa
Marta, em Botafogo, na zona Sul. Hoje, já são 37 UPPs em funcionamento. Projeto
grandioso na concepção da equipe de Cabral, todavia, o mundo marginal que
décadas passadas controlavam essas comunidades, não permitiria pacificamente a
desocupação e ocupação das forças policias armadas.
Com efeito, dentro dessa nova
ideologia policial, a PM do Rio de Janeiro sofre com as primeiras baixas. No dia 23 de julho de 2012, a soldado Fabiana
Aparecida de Souza, 30, foi atingida por um tiro de fuzil na frente de Unidade
de Polícia Pacificadora (UPP) no Complexo do Alemão, na zona Norte do Rio.
A imprensa divulga em manchetes de
capa, o nome e a foto da PM. Familiares e policias choram a partida trágica de
um companheiro morto no combate. A irmã de Fabiana, cabo da PM Luciana de
Souza, que atua no 10º Batalhão da PM, em Barra do Piraí em lagrimas desabafou.
"Gostaria que isso não fosse uma coisa que acontecesse sempre na
corporação e que medidas sejam tomadas para que famílias não passem pelo que
estou passando", disse na saída do IML.
Lamentável, a soldado Fabiana não
foi a ultima na estatística triste do crime organizado que fere e mata sem pena
ou compaixão. No ano de 2013 foi o soldado Melquizedeque dos Santos
Basílio, de 29 anos, no Parque Proletário No dia 2 de fevereiro de 2014 morre a
soldado PM Alda Rafaela também na Favela (UPP) do Parque Proletário, no
Complexo da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Já no dia 6 de março de 2014
morre mais um PM vitima dessa guerra fora do controle: o soldado Rodrigo de
Souza Paes Leme, de 33, na Favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão. Em
menos de uma semana morre outro PM, o soldado Wagner Vieira da Costa, de
33 anos, baleado no rosto na Vila Cruzeiro. O secretario Beltrame afirmou em
diversos meios de comunicações que as operações policiais e o projeto das UPPs
vão continuar.
Ele, na verdade, esqueceu de
esclarece o que iria continuar: força repressora a população pobre, invasão de
privacidade, arrombamento de casas sem mandato judicial. Esses são os pontos
cruciais que essa tão massacrada população pobre vem sofrendo há mais de 40
anos. A tomadas das favelas não podem ser desorganizadas, nem vidas dos dois
lados podem tombar ao chão de maneira grosseira e covarde.
O abandono Estatal não pode
corrigir mais de 40 anos de sofrimento dessas comunidades e dependência geral
dos operadores do crime organizado. Quantos PMs iram morrer pelas balas
assassinas das gangues armadas, principalmente na Favela do Alemão? O Brasil
precisa vencer a anarquia que toma conta do país com medidas sociais urgentes,
não é o poder das armas que vão intimidar que já não teme a morte: os bandidos
e milicianos.
Com efeito, podemos observar que as
maiorias dos PMs mortos nesses confrontos nas favelas, são policias com pouco
mais de três anos de corporação. Onde estão os PMs mais antigos conhecedores
das praticas e malandragem bandida? Esse tipo de operação policial não pode ser
alcançado com PMs que sairão a pouco tempo de uma escola de soldado.
Todavia, como afirmou a socióloga Julita Lemgruber, o Rio de Janeiro vive
uma política de segurança pública
“esquizofrênica”. Para a socióloga ao pregar um modelo de polícia de proximidade
nas favelas, essa mesma tropa fechar os olhos para a violência e a letalidade
dos agentes do próprio Estado. O caso do Amarildo, em uma das UPPs foi a mais
emblemático, ademais, episódios de corrupção nas unidades de polícia
pacificadora já foram denunciadas. Durante sua entrevista a Paula Bianchi, do site
Terra, ela lembra que esse modelo de deter a corrupção do crime organizado no
Rio não tem vida longa, sobretudo, com essas mortes freqüentes de policias nas
UPPS.
A
política de sagregração social imposta em toda história do Brasil, tem
contribuído para os rumos que governos vêm tratando seus iguais. Limpeza social
por morar em favelas ou em periferias do Brasil, não diminuirá os índices
assustadores da violência urbana. Engana que pensa dessa forma, porém, a
violência política a exemplo os mensaleiros condenados e protegidos por alguns
juizes da Suprema Corte de nosso país nos leva a duvidar que exista justiça: o
maior escândalo financeiro do país sedo
jogado para debaixo do tapete do corporativismo político.
Cabral precisa acorda e deixar de
viajar para outros paises fazendo a gastança com o dinheiro publico e se voltar quem sabe, fazer em menos de um ano
o que não fez em 7 de anos de abandono e corrupção.