sábado, 8 de março de 2014


Crimes Anunciados,

A farda manchada de sangue nas UPPs cariocas

 
 




O Estado do Rio de Janeiro ao longo dos anos fingiu e ignorou o poder paralelo que comanda e mantém as comunidades das favelas sobre o domínio do crime organizado. Criando nos anos 80, o poder bandido criou leis, distribuiu segurança, saúde, transporte e muitas festas regadas a drogas e prostituição. Na gestão do governo Cabral foi intensificada medidas tentando coibir o crime organizado: não eram apenas os traficantes nas favelas, mas se juntaram os milicianos. Cabral juntamente com a cúpula da segurança do Rio de Janeiro buscou romper as barreiras de separação que existem entre o Estado de direito e o Estado paralelo: traficantes e milicianos. Tentado assim, intimidar bandidos e criar nova republica do Rio.

A primeira UPP – Unidade de Policia Pacificadora foi implantada em 28 de novembro de 2008, na favela Santa Marta, em Botafogo, na zona Sul. Hoje, já são 37 UPPs em funcionamento. Projeto grandioso na concepção da equipe de Cabral, todavia, o mundo marginal que décadas passadas controlavam essas comunidades, não permitiria pacificamente a desocupação e ocupação das forças policias armadas.

Com efeito, dentro dessa nova ideologia policial, a PM do Rio de Janeiro sofre com as primeiras baixas.  No dia 23 de julho de 2012, a soldado Fabiana Aparecida de Souza, 30, foi atingida por um tiro de fuzil na frente de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Complexo do Alemão, na zona Norte do Rio.

A imprensa divulga em manchetes de capa, o nome e a foto da PM. Familiares e policias choram a partida trágica de um companheiro morto no combate. A irmã de Fabiana, cabo da PM Luciana de Souza, que atua no 10º Batalhão da PM, em Barra do Piraí em lagrimas desabafou. "Gostaria que isso não fosse uma coisa que acontecesse sempre na corporação e que medidas sejam tomadas para que famílias não passem pelo que estou passando", disse na saída do IML.

Lamentável, a soldado Fabiana não foi a ultima na estatística triste do crime organizado que fere e mata sem pena ou compaixão. No ano de 2013 foi o soldado Melquizedeque dos Santos Basílio, de 29 anos, no Parque Proletário No dia 2 de fevereiro de 2014 morre a soldado PM Alda Rafaela também na Favela (UPP) do Parque Proletário, no Complexo da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Já no dia 6 de março de 2014 morre mais um PM vitima dessa guerra fora do controle: o soldado Rodrigo de Souza Paes Leme, de 33, na Favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão. Em menos de uma semana morre outro PM, o soldado Wagner Vieira da Costa, de 33 anos, baleado no rosto na Vila Cruzeiro. O secretario Beltrame afirmou em diversos meios de comunicações que as operações policiais e o projeto das UPPs vão continuar.

Ele, na verdade, esqueceu de esclarece o que iria continuar: força repressora a população pobre, invasão de privacidade, arrombamento de casas sem mandato judicial. Esses são os pontos cruciais que essa tão massacrada população pobre vem sofrendo há mais de 40 anos. A tomadas das favelas não podem ser desorganizadas, nem vidas dos dois lados podem tombar ao chão de maneira grosseira e covarde.

O abandono Estatal não pode corrigir mais de 40 anos de sofrimento dessas comunidades e dependência geral dos operadores do crime organizado. Quantos PMs iram morrer pelas balas assassinas das gangues armadas, principalmente na Favela do Alemão? O Brasil precisa vencer a anarquia que toma conta do país com medidas sociais urgentes, não é o poder das armas que vão intimidar que já não teme a morte: os bandidos e milicianos.

Com efeito, podemos observar que as maiorias dos PMs mortos nesses confrontos nas favelas, são policias com pouco mais de três anos de corporação. Onde estão os PMs mais antigos conhecedores das praticas e malandragem bandida? Esse tipo de operação policial não pode ser alcançado com PMs que sairão a pouco tempo de uma escola de soldado.

Todavia, como afirmou a socióloga Julita Lemgruber, o Rio de Janeiro vive uma política de segurança pública “esquizofrênica”. Para a socióloga ao pregar um modelo de polícia de proximidade nas favelas, essa mesma tropa fechar os olhos para a violência e a letalidade dos agentes do próprio Estado. O caso do Amarildo, em uma das UPPs foi a mais emblemático, ademais, episódios de corrupção nas unidades de polícia pacificadora já foram denunciadas.  Durante sua entrevista a Paula Bianchi, do site Terra, ela lembra que esse modelo de deter a corrupção do crime organizado no Rio não tem vida longa, sobretudo, com essas mortes freqüentes de policias nas UPPS.

A política de sagregração social imposta em toda história do Brasil, tem contribuído para os rumos que governos vêm tratando seus iguais. Limpeza social por morar em favelas ou em periferias do Brasil, não diminuirá os índices assustadores da violência urbana. Engana que pensa dessa forma, porém, a violência política a exemplo os mensaleiros condenados e protegidos por alguns juizes da Suprema Corte de nosso país nos leva a duvidar que exista justiça: o maior escândalo financeiro  do país sedo jogado para debaixo do tapete do corporativismo político.

Cabral precisa acorda e deixar de viajar para outros paises fazendo a gastança com o dinheiro publico e  se voltar quem sabe, fazer em menos de um ano o que não fez em 7 de anos de abandono e corrupção.

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