quarta-feira, 17 de dezembro de 2014



Como lobo solitário




Como lobo solitário, me escondo na noite,
Quem sabe tentando fugir de você.
Como lobo solitário, desafio a natureza. 
Descendo na cachoeira nessa hora queria morrer.





Como lobo solitário, não respeito a gravidade
Corro entre os rochedos, batendo minha cabeça,
Esperando essa dor passar.

Como lobo solitário, uivo á madrugada inteira,
No delírio sentindo a neblina,
Que cai sobre meu corpo adormecido
Pelo que não posso experimentar com você.

Como lobo solitário, me afasto dos outros,
Tentando sofrer calado, 
Controlar todos meus sentimentos,
Teu rosto como miragem me provoca na cama,
Ti procuro... Onde está você?


Se louco ou lobo ou homem apaixonado,
Não importa a definição, 
Nessa imensidão da noite,
Onde o silencio parece gelado, 
Não posso ouvir tua canção.




Jornalista e poeta Elias Barbozza



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