quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Na força da bala não se elimina o crime





Mas uma vez a direção dos órgãos de segurança de Alagoas não sabem o que fazer. Fora da realidade, e, informados de forma vergonhosa sobre os atos de violência, os números da SDS não bate com os divulgados pela imprensa. Os crimes ocorridos em Maceió não abrangem toda capital, a mortandade de jovens que perderam suas vidas nesses dois últimos messes, são crimes localizados, ou seja, residual e não em toda capital. Em sua maioria os crimes estão ligados diretamente com as vendas e consumos de drogas, principalmente o krac. Sobretudo, assassinados por matadores covardes membros de grupos de extermínios, em sua maioria, seguranças de traficantes.

Jovens, vitimas de um sistema social, por nascerem em um lar pobre e desde sedo conhecem os horrores da violência física e social, não se pode esperar que todos fiquem longe da bandidagem. Falta tudo, saúde, escolas e empregos. Por falar em empregos, como um jovem pobre morador da periferia sem dinheiro até para comer, poderá pagar um curso profissionalizante? O pro – jovem profissionalizante programa do governo federal em conjunto com os estaduais, demorou a começar, e mal começou pode até parar por falta de pagamentos a professores e a bolsa oferecida aos alunos no valor de 100 reais. Por que ninguém informa onde está o dinheiro ou quando chegará?

Enquanto isso, a SDS já fala em força tarefa para minimizar os crimes na cidade, pura fantasia, engodo de quem não tem visão profissional. De que adianta força tarefa se o governo não consegue levar para os pontos mais críticos o básico para uma comunidade, na força da bala não se elimina o crime, faz-se mais. Outro fato estranho é que, por mês a polícia militar recolhe das ruas em britz e prisões, centenas de armas, e todos os dias criminosos são encontrados com armas parecidas com as apreendidas, é um pouco estranho, haja vista que ninguém sabe o destino dessas armas após serem entregues nas delegacias.

Os meninos seduzidos por traficantes para o quartel do crime, ganham em média 2 mil reais por semana, seus pais, se trabalharem ganharam 480 reais, um salário mínimo. Como escapar dessa tentação de poder comprar em um mês o que seus pais passaram um ano para comprar? Pergunta difícil, mas tem resposta. Todos clamam em uma só voz, “Queremos paz! O povo quer comida, moradia, escola e trabalho. Quem sabe construiremos um mundo melhor.



Jornalista Elias Barbozza

maestroelias-cantor@blogsport.com

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